terça-feira, 20 de setembro de 2011

lindoooooooo...

  Eles estavam juntos na casa, apenas os dois. Era uma noite fria, escura e chuvosa. A tempestade tinha chegado de repente. Cada vez que um trovão ecoava, ele observa o seu pulo.

   Ela olhou através da sala e admirou sua força aparente...e desejou que ele pudesse pegá-la em seus braços, confortá-la e protegê-la da tempestade. 
De repente, com um estouro, a energia se foi… ela gritou...

Ele correu ao sofá onde ela se encolhia de medo. Ele não hesitou e a colocou em seus braços. Ele sabia que era uma união proibida e tinha a expectativa de que ela o empurrasse de volta. Ele ficou surpreso quando ela não resistiu e o agarrou.

A Tempestade
passou...

Eles sabiam que estavam errados…


Suas famílias nunca entenderiam… Tão consumidos estavam

em seu MEDO que não ouviram nenhuma porta se abrindo...
apenas o clique seco de uma câmera....


<<

>>
>>
>>
>>
>>
>>
<<
<<
>>
>>
>>

Ajude-os a encontar um "dono de raça".

Suzi. Uma história de reencontro.

 

Em uma manhã de segunda-feira (22/08/2011), esta cadelinha foi atropelada em uma avenida movimentada no bairro Serrano.

Mas o motorista não ficou indiferente. Fechou os vidros do carro pra não ouvir os gritos e acelerou, como um malfeitor fugindo da cena de seu crime.

A pequena, mancando muito e chorando de dor, refugiou-se na calçada, buscando apoio com todos que passavam, como se esperasse que alguém fizesse alguma coisa.

A primeira pessoa com quem buscou abrigo foi uma senhora que passeava com outros dois cãezinhos. Ferida, era de se esperar que buscasse apoio entre os de sua espécie, ou então sabia que poderia confiar em humanos que passeiam com cães.

Passávamos na hora e vimos aquela filhotinha mancando e chorando na calçada.

Foi resgatada e colocada no banco do carro, sendo levada às pressas para uma clínica veterinária.

Por sorte, não houve nada de grave. Anti-inflamatório e analgésico foram suficientes pra ela. No final do dia, já estava correndo e brincando, sem nem mesmo mancar.

Teve alta médica no mesmo dia, sendo recebida por uma hospitaleira matilha. É ainda filhote (3 meses) e adora brincar. Gosta de chinelos, almofadas e também de ração. Come até ficar redonda, pra depois dormir o sono dos justos.

Recuperou-se completamente, foi vacinada e vermifugada. Restava então selecionar algumas fotos e esperar por uma fila de pretendentes. Afinal, ela era simplesmente perfeita. Precisava e merecia o melhor dono que pudéssemos encontrar pra ela.

Algo deu “errado”. A fila de pretendentes não veio e a Suzi foi ficando. Não precisávamos ter pressa, já que ela estava bem e amparada. Já era parte de uma equilibrada matilha. Podíamos esperar o tempo que fosse necessário.

Acreditamos que, nestes casos, os protetores que atuam do outro lado conduzem as coisas, para que o anúncio seja visto pelas pessoas certas. O adotante já foi escolhido, antes mesmo do resgate. Restava-nos confiar e esperar. A vida sempre nos mostra as suas razões.

Os dias se passaram e chegou o sábado, sem que a adoção acontecesse.

Estávamos a caminho da clínica, pra visitar outra cadelinha que estava internada. Ao passarmos pelo local do resgate da Suzi, nos deparamos com esta cena:

O tamanho e a idade da filhotinha nos levava a acreditar que pudessem ser a mãe e irmã da Suzi.

Elas estavam deitadas na calçada, no mesmo ponto onde recolhemos a Suzi. Uma semana havia se passado e ainda não as havíamos visto por ali.

Não há dúvida. Elas foram guiadas e se deitaram naquele exato lugar e momento, pra nos mostrar quem eram. Não cruzaram nosso caminho por acaso.

Precisamos fazer alguns contatos, até conseguir um canil improvisado onde pudessem ser abrigadas.

Quando do resgate, peguei no colo a pequena Sany e fui em direção ao carro. A Lua, nome que demos à mãe, saiu feito doida pulando em mim. Não tentava me impedir, embora tivesse dentes pra isto. Seus movimentos eram delicados e cuidadosos. Estava claramente pedindo pra ir junto.

Nem por um minuto cogitamos na possibilidade de resgatar apenas o filhote. Claro que a mãe também iria. Fui andando e chamando por ela, que não parava de pular em mim. Agarrava-se àquela filhotinha, como se fosse sua última oportunidade de um desfecho bem sucedido para aquela ninhada. Uma cadela como aquela tinha porte pra mais de 10 filhotes.

Mas, na rua, seria improvável que sobrevivessem. Presumimos que os outros não sobreviveram. Com o desaparecimento da Suzi, havia restado apenas uma, e esta ela não poderia perder. Para um lobo, uma ninhada somente será bem sucedida se pelo menos um filhote sobreviver. E aquela era sua última filha.

O resgate aconteceu no sábado, oportunidade em que foram levadas a uma clínica, tomaram todas as vacinas e vermífugos e foram deixadas em um canil minúsculo, confinadas. Foi o melhor que pudemos fazer naquele momento.

No dia seguinte, as pegamos e levamos para casa, onde estava a Suzi. Precisávamos confirmar se elas eram mesmo uma só família.

Não seria possível descrever o que foi aquele reencontro, mas tivemos a certeza de que tudo aquilo havia sido planejado e conduzido.

Não conseguimos registrar os primeiros momentos, porque a Lua não sabia se pulava na Suzi ou se pulava em mim. Na linguagem corporal dos lobos, aquela manifestação devia ser um agradecimento. De tão enfática, claro que entendemos cada gesto.

Ela corria, latia, segurava a Suzi com a boca, deitava sobre ela, depois corria e pulava em mim. Precisei dar tempo pra que se acalmassem, pra depois começar a tirar as fotos.

A Sany também não sabia o que fazer. Corria e latia, pulando na irmã, como se não se vissem há 5 dias.

Trouxemos a Suzi pra que conhecesse os novos aposentos. Ela se aninhou na caminha, como se soubesse que estava prestes a receber sua família.

Tudo preparado, era a hora de buscar Lua e Sany. Qualquer um que tenha um pouco de sensibilidade é capaz de enxergar gratidão nestes olhos. Os lobos são mesmo criaturas especiais. Não há privilégio maior que conviver com eles.

Nem precisamos dizer que gostaríamos que continuassem juntas.

Mas devemos entender que são animais de grande porte e, por isso, poderão ser doadas separadamente. A Lua é uma das cadelas mais dóceis que já resgatamos. Ela é grande, forte e tem cara de brava, mas chega a ser sonsa. Brinca com os filhotes como se fosse um deles, indicando não ter mais que 1 ano. Também adora crianças.

É incapaz de rosnar, nem mesmo pra disputar a comida e, se outro cão rosna pra ela, se afasta sem discutir, mesmo que seja um cão com um décimo do seu tamanho. É a companhia ideal para crianças ou outros cães.

Até hoje, só resgatamos um cão tão dócil quanto ela. Foi a Pintada que, de tão especial, decidimos ficar com ela.

A Lua pesa aproximadamente 25 Kilos e tem as orelhas enormes. Parece uma mistura de pastor com Dog Alemão. Já foi vacinada, vermifugada e será castrada nos próximos dias.

A Suzi dispensa novas apresentações.

A Sany é outra cadelinha muito especial. Também está vacinada e vermifugada. Devem ficar de porte grande.Contato para adoção: Crispim (31) 3477.7602