quinta-feira, 28 de julho de 2011

Tratamentos alternativos para cães...

Isso mesmo, saúde é o que interessa, para nós e nossos entes queridos, inclusive os peludos. Sim, o cuidado com a saúde começa pela prevenção, com muito exercício e água suficiente. Nunca saia sem casaco ou guarda-chuva e, como canta Gilberto Gil, “nada que você comer deve fazer mal” – nem o cão, lembrando que ele não deve comer chocolate nem no dia mais frio.

Mas e se algum problema encontra uma fresta na guarda e o cão adoecer? Obviamente, casos mais graves e urgentes exigem ida ao veterinário. Menos obviamente, muitos problemas podem ser resolvidos em casa, com a chamada medicina alternativa – afinal, a alopatia, embora cada vez mais avançada e o ideal para resolver problemas mais graves, tem os problemas do custo e possíveis contra-indicações e efeitos colaterais.

Aqui vai, pois, um guia geral (embora sem pretensões de esgotar o assunto, tão interessante quanto longo e detalhado) de tratamentos alternativos, inclusive preventivos, para os cães.
Para começar... e para resumir

Afinal, o que é medicina alternativa? É o conjunto de práticas e medicações não invasivas e usadas pela medicina e farmacopéia ocidental ortodoxa, tais como ervas, homeopatia, acupuntura, reiki (sim, organização da energia pelo toque das mãos) e fisioterapia. Agora, assim como certas bandas de rock começam alternativas, são contratadas por grandes gravadoras e portanto deixam de ser alternativas, o mesmo acontece com práticas alternativas ao serem aceitas e reconhecidas e adotadas pela medicina alopática não alternativa.
E muita gente boa fala em “medicina holística” como sendo sinônimo de alternativa; na verdade, é o sistema de assistência e cura que olha a pessoa ou o bicho como um todo: corpo, alma, temperamento, ambiente, educação e treinamento recebidos, e busca um equilíbrio entre todos esses aspectos – englobando medicina alternativa, fisioterapia e tudo o mais que citamos acima.

ALIMENTAÇÃO
Dizer que rações prontas não são adequadas para os cães faz lembrar os donos de bancas de jornais que são contra assinaturas de revistas ou aquelas editoras que aconselhavam a não comprar livros em sebos para evitar micróbios fatais. Boas rações são balanceadas com cálcio, proteínas, sais minerais e outros nutrientes essenciais para o peludo (ao contrário de certas rações que, por exemplo, podem fazer caninos de grande porte crescerem muito depressa, podendo causar problemas nos ossos e pele e até displasia de quadril).

Na impossibilidade de usar ração pronta, a caseira pode resolver, desde que complementada com profilaxia homeopática e de ervas (o famoso “herbal” em inglês); receitas caseiras muito usadas têm sido as criadas pelo veterinário estadunidense Dr. Richard Pitcairn. E atenção: alguns cães podem não se dar bem com alimentos à base de milho ou soja.

A medicação holística para o cão não exclui vacinas preventivas contra raiva ou para curar doenças crônicas do bicho. Florais, ervas (na forma de ingestão e banhos), homeopatia e acupuntura podem funcionar na prevenção de muitos males e até na cura dos mais leves. Medicação e prevenção não alopáticas para problemas de capa e pêlo inclui vitaminas C e E anti-oxidantes, glucosaminas e supelmentos de ácidos graxos dos tipos ômega 3 e ômega 6. Para afastar pulgas e piolhos, o cão pode ingerir alho e ervas e ser recoberto com inseticidas naturais à base de piretrinas, feitos à base de crisântemo.

ARTRITES E FISIOTERAPIA
Os ácidos graxos que mencionamos, além do sempre querido alho e do gengibre, ajudam também a fortalecer as articulações e cartilagens dos peludos, assim como vitaminas C e E, glucosamina, sulfato de condroitina e outros antioxidantes, como o extraído da matricária (flor parente do girassol e que, sendo aqui o Brasil, talvez seja mais conhecida pelo nome em inglês, “feverfew”), além dos sempre benvindos alho e gengibre. E problemas como displasia e recuperação após fraturas, luxações e quetais exigem tratamento de reabilitação, incluindo fisioterapia, compressas frias, repouso e caminhadas permitidas só para os números um e dois e com coleira, para o cão não querer sair voando por aí.

Imaginemos o cão cantando uma canção algo similar àquela de determinada saudosa cantora: “Meu dono [ou minha dona] foi me levar pra ‘reábi’/eu disse ‘au, au, au’/Eu me assustei mas já me tratei/E tô legal, au, au.” Seu peludo não precisa ser (e suponho que nem seja) um Bonehouse tão necessitado de fisioterapia, mas esta é justamente o setor de reabilitação para tratamento de lesões corporais como torções, distensões, ruptura de ligamentos e, no caso dos peludos, displasias, ou seja, problemas de articulações que podem ser hereditários, crônicos, agudos e degenerativos.

As técnicas fisioterapêuticas incluem uso de água (hidroterapia), calor (por compressas quentes e banhos de imersão), frio (compressas frias, bolsas de gelo, jatos de água), luz (raios infravermelhos, acupuntura a laser), energia elétrica (eletro-acupuntura), alongamentos, mobilizações e outros procedimentos que servem para humanos quanto para peludos – além de, claro, repouso e caminhadas limitadas aos números um e dois, e na coleira, para o cão não abusar e querer sair voando por aí.

Como já lembramos, este é só um guia geral dos tratamentos e profilaxias não alopáticas ou ortodoxas para seu cão; cada um dos itens acima merece uma conversa só para ele.

Fonte:Site Yahoo